Revista de Pediatria SOPERJ

ISSN 1676-1014 | e-ISSN 2595-1769

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"Recaída de febre reumática em uso de profilaxia secundária"

Orofino, DHG; Faissol, NM.; Goldenzon, A.V; Rodrigues, M.F.

Revista de Pediatria SOPERJ - V.13 (supl 1), Nº2, p79, Dezembro 2012


Palavras-chave:

Caderneta de saúde da criança:10 anos depois de sua criação é utilizada como cartão de vacinas

Orofino DHG; Goldenzon, A.V.; Costa, L.S.; Vieira, F.S.; Barbosa, A.N.; Soares, R.L.; Pinto, G.N.L.; Soeiro, P.G.

Revista de Pediatria SOPERJ - V.15(supl 1), Nº2, p65-66, Março 2015

Resumo

INTRODUÇÃO: Implantada em 2005 pelo Ministério da Saúde, a Caderneta de Saúde da Criança (CSC) reúne os mais importantes e significativos registros promovendo a vigilância integral à saúde infantil. É nas maternidades e na atenção primária que o adequado manejo deste instrumento constitui-se permanente desafio, por serem locais onde grande parte das informações são geradas. O registro correto e completo das informações e o diálogo com a família sobre as anotações são requisitos para que a CSC cumpra seu papel de instrumento de comunicação, educação, vigilância e promoção da saúde infantil. A utilização adequada possibilita a valorização e a apropriação da CSC pela família, além de revelar a qualidade do funcionamento dos serviços e o desempenho de seus profissionais.
OBJETIVO: Verificar se a CSC está sendo preenchida pelos profissionais que fazem o atendimento das crianças de acordo com o preconizado pelo Ministério da Saúde(MS). Avaliar se a CSC está sendo apresentada aos responsáveis pelas crianças em algum momento do contato entre a família e as equipes de saúde. Avaliar se as crianças estão realizando o numero de consultas preconizadas pelo MS.
MATERIAL E MÉTODO: Estudo transversal de verificação de anotações nas CSC dos pacientes internados nas enfermarias do Hospital Municipal Jesus (RJ) nos seguintes tópicos: dados do pré-natal, parto e pós natal, anotações nas consultas de dados antropométricos, desenvolvimento neuropsicomotor, época de desmame, orientações alimentares, uso de sulfato ferroso, intercorrências. Verificar se o número de consultas de puericultura realizadas era o preconizado pelo Ministério da Saúde e onde essas consultas foram realizadas (posto de saúde, clínicas de família, hospitais, consultórios), por quais profissionais (pediatras, enfermeiros, médicos de família) e se havia diferença no preenchimento entres esses profissionais.
RESULTADOS: Foram verificadas 79 CSC. 32% dos pacientes haviam nascido em outros municípios, 21,4% dos responsáveis afirmaram ter recebido alguma orientação sobre a CSC: na Maternidade ( 15%), no Posto de Saúde (3,8%), na Clínica de Família (1,3%) e consultório particular (1,3%). Nenhuma CSC estava completa e nenhuma criança havia realizado o número adequado de consultas para sua idade. Em 7,5% das CSC haviam dados completos sobre o pré natal,43% sobre o parto e 40% sobre o pós parto. Dos dados referentes às consultas, havia alguma anotação de peso e estatura em 69% das CSC, desenvolvimento neuropsicomotor em 8,8%, anotação de intercorrências em 7,6%, relato de uso de sulfato ferroso em 3,8% e de orientação alimentar em 3,8%. Em nenhuma CSC havia anotação sobre época do desmame. Das duas crianças atendidas em consultório particular, apenas 1 CSC tinha anotação de peso e estatura e a outra,nenhuma anotação. Não foi possível fazer correlações estatísticas entre pacientes atendidos por pediatras, médicos de família e enfermeiros devido a falta de informações nas CSC.
CONCLUSÃO O estudo sugere que a CSC não esteja sendo utilizada com a função de promover a saúde infantil, como foi preconizado no momento em que foi lançada. Um possível viés desse estudo é o fato dele ter sido realizado com pacientes internados e o adoecimento pode estar relacionado a uma menor vigilância em saúde infantil. Para esclarecer com que frequência o descaso com a utilização das CSC se estende nos serviços de saúde é necessário que se promova um estudo maior de verificação da correta utilização desse instrumento em crianças que não estejam doentes, por exemplo,durante campanhas de vacinação e que haja empenho das Escolas de Medicina e dos Hospitais com programas de Residência Médica em Pediatria, na ênfase ao treinamento dos estudantes e pediatras quanto a importância do correto preenchimento desse instrumento de promoção de saúde infantil.

 

Responsável
LARISSA SOUTELLINHO DA COSTA


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